quarta-feira, 27 de fevereiro de 2013

Alma de menina


Me lembro muito bem daqueles tempos de menina. Passa tão rápido, né?!
A gente só entende o que é ingenuidade quando cresce e cria uma "maldade" necessária para sobreviver. Que de fato, ainda estou aprendendo com o tempo. 
Às vezes, me sinto bastante mulher. Mas na maior parte do tempo, parece que aquela mocinha de quinze anos nunca passara. Ouço muito bem aquela vozinha doce dizendo dentro de mim:
- Estou apaixonada...
E mesmo depois de tantos tombos e desacertos, ela perdura:
-Ah... estou apaixonada...
Será que a gente cresce mesmo? Eu me pergunto diariamente. Sei lá, tenho essa mania de enxergar tanto a alma, que às vezes acho de verdade que ela não tem idade. Tem tamanho. A minha sempre foi grande, modéstia parte. Sei também que ela evoluiu, ou seja, amadureceu. Mas há em mim uma menininha de coração derretido e desejos mais dengosos que nunca morrerá. Acho que tenho a alma de menina.

Por Bárbara Barros